Onegai... Não te Vás...

   Num belo dia de Primavera, a rapariga mais bonita e simpática de toda a cidade dirigiu-me a palavra. Um par de semanas passaram, e nós passeávamos perto da ponte como um belo casal que éramos.
   Decidimos, então, casar e viajar até Londres, uma cidade repleta de amor que nos uniu ainda mais.
    Longos anos se passaram até conseguir-mos ter o nosso cómodo e doce lar, até cada um ter o seu emprego, eu como militar e tu como dona de uma florista, e o mais importante era que daqui a uns nove meses  o nosso filho iria nascer e, nessa altura, alcançaríamos a felicidade eterna.
   Hoje, fui convocado para participar numa guerra que se aproximara e fui obrigado a viajar para o Egito para combater o inimigo. Infelizmente, não poderei regressar a casa, não poderei voltar a ver o teu sorriso e o da minha filha, é muito cruel...
   Apesar de tudo, estar-vos-ei a proteger a partir do céu. Mas só me vêm à cabeça tu, meu amor, e a minha filha a chorar, assim como eu e as pétalas das flores que vocês me deixaram no cemitério...